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O que é um infoproduto?

O termo infoproduto — derivado da junção “information + product” — refere-se a um produto de informação ou produto digital informativo, cujo verdadeiro valor está no conhecimento, no conteúdo ou na transformação que proporciona ao consumidor, em vez de em uma mercadoria física.
blog.abraind.com

Definição e características

Conforme diversas fontes, um infoproduto pode incluir e-books, cursos online, webinars, vídeos, planilhas, tutoriais, podcasts, memberships, entre outros formatos. Meio e Mensagem+1
As principais características que o diferenciam de produtos físicos são:

  • Distribuição digital: sem necessidade de produção física, envio ou logística convencional. octuspay.zendesk.com+1
  • Escalabilidade: uma vez criado, pode ser vendido repetidamente com custo marginal quase zero para cada nova unidade. rafiervolino.com+1
  • Foco em transformação ou solução: o comprador busca não só o conteúdo, mas a resolução de um problema ou a aquisição de uma habilidade. rafiervolino.com+1
  • Público-alvo específico: normalmente construído para nichos ou segmentos de mercado com uma “dor” ou necessidade identificada. Meio e Mensagem+1
  • Baixo custo de entrada e alta flexibilidade: para o criador, requer menos capital comparado a produtos físicos; para o consumidor, oferece conveniência e acesso imediato.

Por que o conceito surgiu?

O surgimento dos infoprodutos está intimamente ligado à maturação da internet, ao aumento da capacidade de distribuição digital e à mudança no perfil de consumo — de bens tangíveis para bens intangíveis de conhecimento ou experiência. Por exemplo, um artigo brasileiro afirma que o conceito “surgiu no final dos anos 1990” para diferenciar um produto técnico/informacional produzido para venda, que não tem corpo industrial ou mercantil. blog.abraind.com
Em resumo: é uma adaptação ao contexto digital de “vender conhecimento” ou “vender conteúdo” como produto.

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Onde e quando foi o primeiro infoproduto? Quem foi o primeiro a divulgar?

Aqui é importante destacar que identificar um “primeiro infoproduto” de forma inequívoca é bastante difícil, porque o conceito não nasceu de um único autor ou evento claramente documentado, e porque várias formas precursoras — como cursos por correspondência, vídeos educacionais, e-books — já existiam. A literatura especializada reconhece que há lacunas e incertezas quanto a quem “foi o primeiro”. A seguir, expomos o que se encontra até agora.

Marcos precoces relevantes

Quanto à educação online/à distância, temos registros de que a Ontario Institute for Studies in Education (parte da University of Toronto, Canadá) ofereceu, em janeiro de 1986, um curso totalmente online (via rede de computadores) intitulado “Women and Computers in Education”. tonybates.ca+1

Em 2002, a Massachusetts Institute of Technology (MIT) lançou o projeto MIT OpenCourseWare com materiais de cursos publicados online gratuitamente. mitocw.ups.edu.ec+1

Em termos de “infoproduto” definido como produto comercial de conhecimento digital, o conceito e o uso prático parecem ganhar força no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Por exemplo, em português-brasileiro, a definição situa o “surgimento do conceito” no final dos anos 1990. blog.abraind.com

Ferramentas mais modernas de marketing digital e infoprodutos (como membership sites, e-books, cursos pagos) aparecem claramente em meados dos anos 2000. Por exemplo, um site chamado “Infoproduct Marketing” foi lançado em 2007, segundo relatório de “Internet Marketing NewsWatch”. imnewswatch.com

Quem foi o primeiro a divulgar – e considerações

Não há consenso acadêmico confiável que atribua a uma pessoa ou empresa única a origem da “venda de infoprodutos” como modelo de negócio digital. Algumas fontes afirmam que o termo “infoproduto” surgiu em português-brasileiro como jargão de marketing digital, sem citar um único autor fundador. Por exemplo, um artigo (“Entendendo o conceito de Infoproduto: Definição e Casos de Uso”) afirma que o conceito foi “criado por Karl Wendelin Peterson e Michael Wesch, pesquisadores da Universidade de Kansas, nos anos 90”. Saber Tecnologias
Contudo, não encontramos fontes independentes que corroborem de forma robusta essa afirmação (Karl Peterson e Michael Wesch como “criadores do infoproduto”) — pelo menos com acesso livre. Logo, essa atribuição deve ser tratada com cautela.

Conclusão sobre “primeiro”

Portanto:

  • Se entendermos “infoproduto” como “produto digital de informação vendido online”, então seu ambiente já estava sendo construído desde o final dos anos 1990.
  • Um “primeiro” infoproduto comercial pago pode ter ocorrido em meados dos anos 2000 (com e-books, cursos online) mas não há documentação clara pública amplamente aceita.
  • No campo da educação à distância, o curso online de 1986 na University of Toronto pode ser considerado um antecedente importante — embora não necessariamente com o modelo “produto digital comercial” que o marketing digital define hoje.
  • Quem “divulgou” o conceito como marketing digital — possivelmente alguns infoprodutores brasileiros ou anglófonos — não tem um único nome amplamente referenciado academicamente.

Diante disso, podemos afirmar que o infoproduto como categoria de mercado evoluiu gradualmente, e seu surgimento não está vinculado de forma inequívoca a um único evento ou criador.

Impacto dos infoprodutos no mundo — educação e economia

Educação

Acessibilidade e democratização do conhecimento
A possibilidade de adquirir cursos, guias, e-books e outros formatos digitais permite que pessoas em locais remotos ou sem acesso a ensino presencial tradicional consigam aprender habilidades específicas. Por exemplo, o avanço da “economia de informação” revela como o conhecimento passou a ser tratado como recurso econômico central. academic.oup.com+1
Isso se traduz em maior autonomia para o aprendiz: escolher ritmo, local, formato.
Também há uso crescente em educação corporativa, formações rápidas, micro-learning, etc.

Flexibilidade e personalização
Infoprodutos permitem que sejam focados em nichos (por exemplo: “como gerir redes sociais para pequenos negócios”, “planejamento financeiro para freelancers”), adaptando-se melhor às necessidades individuais. Isso contrasta com modelos tradicionais de educação que são mais generalistas ou padronizados.
Pelo menos no Brasil, pesquisas apontam que o comportamento do consumidor de infoprodutos está se modificando rapidamente com o boom da internet. RSD Journal+1
A mobilidade, a conectividade e os novos dispositivos (tablets, smartphones) ampliam o alcance.

Mudança nos modelos pedagógicos e de ensino
O surgimento de infoprodutos digitais impulsiona a adoção de novos métodos de ensino — como “aprendizagem invertida” (flipped classroom), micro- treinamentos, vídeos curtos, interatividade, comunidades online, fóruns, etc. Estes métodos desafiam o modelo tradicional de sala de aula apenas presencial. Há estudos que apontam para a necessidade de sistemas educacionais mais dinâmicos, adaptativos e orientados à inovação. journals.rudn.ru
A economia digital exige cada vez mais habilidades atualizadas, e os infoprodutos atendem justamente essa demanda de “continuar aprendendo” após a formação formal.

Desafios e cuidados
Apesar dos benefícios, há também preocupações: qualidade variável do conteúdo, credibilidade dos produtores, falta de supervisão institucional, evasão ou baixa adesão em cursos online, excesso de marketing enganoso ou exagerado (“gatilhos mentais”, promessas milagrosas”). Uma pesquisa sobre percepção de consumidores de infoprodutos apontou que uma das variáveis com menor concordância foi “importunação excessiva” — ou seja, preocupações de que o marketing se torne agressivo ou manipulativo. Repositório IFPB
Em educação formal, o modelo ainda convive com desafios como avaliação, credenciamento, interação pessoal, motivação do aluno, etc.

Economia

  1. Crescimento do mercado de produtos digitais
    O segmento de infoprodutos (serviços digitais de conhecimento) vem se expandindo rapidamente. Por exemplo, uma reportagem brasileira afirma que os serviços digitais de infoprodutos deverão alcançar uma receita de US$ 241 bilhões por ano até 2027. Meio e Mensagem
    Isso representa uma nova fonte de renda para empreendedores, criadores de conteúdo, especialistas, coaches, consultores, além de novas cadeias de valor em marketing digital, afiliados, plataformas de hospedagem de cursos etc.
  2. Baixo custo de entrada para empreendedores
    Uma das virtudes dos infoprodutos é que a produção exige menor investimento inicial em comparação com produtos físicos (não há estoque, envio, logística física), o que permite que pequenos empreendedores, profissionais autônomos ou especialistas de nicho entrem no mercado. rafiervolino.com+1
    Como exemplo, há um blog que estima que um freelancer cobrando US$ 75/h poderia, em 75 horas (custo de oportunidade US$ 5.625) criar um infoproduto e vender 75 cópias a US$ 19 para alcançar US$ 1.425 na fase de lançamento, além de vendas contínuas posteriores. stackingthebricks.com
    Isso mostra o poder de escalabilidade e menor barreira de entrada.
  3. Transformação de modelos de negócio
    Empresas e profissionais estão mudando: em vez de vender somente serviços por hora (consultoria, freelance), muitos “packagam” seu conhecimento em cursos, assinaturas, memberships. Isso também gera novas formas de monetização (através de afiliados, funis de vendas, automação de marketing).
    Além disso, plataformas que hospedam, vendem ou distribuem infoprodutos proliferaram, gerando um ecossistema digital de educação e negócio.
  4. Impactos macroeconômicos e no mercado de trabalho
    Na economia de informação, o capital humano, o conhecimento e a habilidade se tornam centrais. Há evidências de que a elevação do nível de educação, da qualificação e da adaptação tecnológica está fortemente ligada ao crescimento econômico. arXiv+1
    Os infoprodutos ajudam a acelerar essa difusão de conhecimento, contribuindo para a formação de habilidades em áreas emergentes (ex: marketing digital, programação, design, empreendedorismo). Isso pode aumentar produtividade, fomentar novos negócios, criar empregos no setor digital.
  5. Desafios econômicos
    Apesar das oportunidades, também há riscos: saturação de mercado (muitos infoprodutos de baixa qualidade competindo), pressões em preço, dependência de plataformas de terceiros, necessidade de contínua atualização de conteúdo e marketing, bem como preocupação com fórmulas de “renda passiva” que muitas vezes são mais difíceis de sustentar do que prometido.

Reflexão final

O fenômeno dos infoprodutos representa uma convergência de dois grandes fatores: o crescimento da economia de informação (onde o conhecimento e o conteúdo ganham valor como bens econômicos) e a expansão da internet/mídias digitais, que permitem distribuição global de baixo custo.
No âmbito educacional, isso significa que pessoas e organizações podem produzir, distribuir e consumir conteúdos de aprendizagem de forma muito mais flexível, acessível e personalizada. No âmbito econômico, significa novas cadeias de valor, novos modelos de negócio e ampliação da participação de empreendedores digitais.

Entretanto, é importante manter o ceticismo esclarecido: embora o modelo ofereça grandes possibilidades, ele não é um “atalho mágico” sem esforço — qualidade do conteúdo, entendimento do público, marketing eficaz, atualização contínua e credibilidade são essenciais.
E quanto à origem de “quem foi o primeiro” a vender um infoproduto ou a divulgar esse termo — ainda que haja indícios, não existe consenso absoluto. O mais seguro é considerar que o modelo evoluiu gradualmente, ganhou corpo no final dos anos 1990/início dos anos 2000, e foi impulsionado por quem primeiro percebeu que conhecimento podia ser “empacotado”, digitalizado, e vendido como produto.

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